- Ano: 2014
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Fotografias:Rasmus Norlander
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo edifício para a Estação de Controle da Central Elétrica de Tiroler Wasserkraft AG, em Silz é uma obra independente, massiva e similar a uma torre. A edificação dominante no local era e continua sendo o antigo edifício da turbina. Várias adições reduziram o impacto feito por esta construção, como resultado disso, os processos de energia no local da central já não eram legíveis externamente. Através da linguagem formal, o novo edifício procura representar e resgatar estes processos.
Em relação à altura, largura e orientação espacial, a nova edificação se relaciona como edifício da turbina. Sua forma retoma e continua a espacialidade existente, mas, ao mesmo tempo, aparece como um volume novo, claro e expressivo, que transmite os processos energéticos na central. A Estação de Controle agora demarca o centro espacial da estação de energia e conecta o volumes adjacentes a fim de criar uma estrutura urbana.
A materialidade e a cor do novo edifício se relacionam com as outras estruturas na área da engenharia hidráulica. O concreto é o material ideal para proporcionar a resistência suficiente a enorme força da água que se utiliza para gerar energia. Como nenhum outro material, transmite uma sensação de segurança e durabilidade. A cor marrom das superfícies de concreto - alcançada pela adição de pigmentos de óxido de ferro - faz referência aos componentes dinâmicos da geração de energia. A tubulação, turbinas e transformadores são feitos de materiais metálicos produzidos a partir do mineral de ferro.
A ideia por trás da Estação de Controle está baseada em empilhar verticalmente as funções individuais, com cada unidade funcional organizada em um nível separado. Esta clara hierarquia simplifica a administração das áreas de acesso e de segurança e permite uma rede linear da infraestrutura. Em termos de quantidade de espaço necessário, a área da sala de controle é um caso especial. A necessidade de altura extra neste espaço permitiu o desenvolvimento de um volume expressivo e lógico. Um momento horizontal adicional é agregado na verticalidade enfática do edifício, criando um poderoso gesto em direção ao horizonte.
Em resposta aos requerimentos dos usuário dos escritórios, as fachadas leste e oeste não possuem nenhuma abertura. Estes painéis sólidos formam uma envoltura externa que suporta a carga e se separa termicamente das paredes internas e das lajes. Os parapeitos de concreto sólido sobre as fachadas sul e norte funcionam como vigas e reforçam estruturalmente as lajes. A conexão entre a construção interna e externa é feita por meio de inserções de aço inoxidável.
A fundação é feita a partir de uma laje de cimentação de um metro de espessura dimensionada para fazer frente a eventualidade de um terremoto, que está ancorada, além dos seus pilares de flexão. Realizado segundo o método de construção de baixa energia, o novo edifício está isolado no seu interior. Um poço de água subterrânea fornece a energia necessária tanto para a bomba de calor quanto para o resfriamento. Graças às cargas de calor internas relativamente altas, resultantes dos aparatos técnicos, somente uma pequena quantidade de energia de aquecimento precisa ser fornecida.
O centro de visitantes é um edifício estreito e alongado que limita o espaço aberto. É composto por uma fachada de vidro em direção a rodovia e uma faixa continua de aberturas altas na parede que fundo, que permite o contato visual com o complexo da central elétrica ao sul.